Era noite. Um sujeito pleonástico estava nos arredores dos adjuntos adverbiais. Encontrou, de repente, uma partícula apassivadora. Ele sabia que esse aposto não deveria estar aí. Observou tudo a sua volta, prezando todos os detalhes. Ah - pensou - deve ter sido aquela vernácula que deixou isso aqui. Deixou por isso e resolveu sair. Caminhou por todo o complemento nominal. Por fim, deparando-se com uma antítese, viu um acento circunflexo, resolveu aproveitar para relaxar seu pronome ali. Mas que droga - falou - isto aqui é desconfortável! Acabou sentando no acento diferencial mesmo. Um pouco afastado daí, um artigo indefinido chamou-lhe a atenção. Resolveu averiguar, seguiu a onomatopéia deixada. Chegou, finalmente, defronte um hipérbato. Ficou indeciso entre continuar o caminho ou deixar tudo aquilo de lado. Ah - arrebatou - isso pode até terminar em mesóclise, mas dane-se, irei encontrar esse sujeito oculto! Seguiu pelo monossílabo caminho e estacou. Não podia crer, em meio aquela aglutinação não havia ninguém. O agente da passiva era, na verdade, um sujeito inexistente. Então virou-se e morreu com um objeto direto na cabeça.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
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AMEEEEEEI MUITO VOCÊ UTILIZANDO AS FORMAS GRAMATICAIS! fico fera!
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